O desenvolvimento científico e tecnológico tem possibilitado o aproveitamento de seres vivos em tecnologias úteis à humanidade, atividade conhecida genericamente como biotecnologia. Bactérias dos dos gêneros Lactobacillus e Streptococcus, por exemplo, são indispensáveis na produção de queijos, iogurtes e requeijões; e as Acetobacter, convertem o álcool do vinho em ácido acético, participam da produção de vinagre.

As bactérias também têm sido empregadas em larga escala na indústria farmacêutica, para a produção de antibióticos e vitaminas. Na indústria química, a produção de substâncias como o metanol, o butano, a acetona, requer o uso de bactérias. Nas grandes cidades, as bactérias decompositoras ganham destaque, uma vez que decompõem matéria orgânica dos esgotos e do lixo. Essa degradação, produz o gás metano.

O potencial biotecnológico das bactérias aumentou nas últimas décadas com o desenvolvimento da técnica do DNA recombinante (engenharia genética), que consiste em introduzir genes humanos em bactérias, fazendo com que elas produzam proteínas humanas. O hormônio do crescimento humano e a insulina humana, são produzidos por bactérias geneticamente transformadas.

As bactérias também são utilizadas para limpar áreas ambientais contaminadas por poluentes. O grande interesse por esse tipo de procedimento se deve ao fato dele ser menos prejudicial ao ambiente que os processos não-biológicos utilizados atualmente.

O tecido nervoso constitui o encéfalo, a medula espinhal, os gânglios nervosos e os nervos. Ele é composto por neurônios, que representam cerca de 10% das células que o constituem, e pelos gliócitos, ou células gliais (neuroglias), que formam os outros 99%.

Neurônios são células especializadas na condução de impulsos nervosos. Esses impulsos são alterações elétricas que se propagam pela membrana plasmática. Um neurônio apresenta uma parte mais volumosa onde se localizam o núcleo e a maioria das estruturas citoplasmáticas, o corpo celular, e prolongamentos citoplásticos finos que constituem as neurofibras, ou fibras nervosas. Essas podem ser de dois tipos: dendritos e axônio.

Dendritos são prolongamentos ramificados do neurônio, especializados na recepção de outros neurônios ou de células sensoriais. O axônio, na maioria dos neurônios, é mais longo que os dendritos e pode ser ramificado. Sua função é transmitir impulsos nervosos provenientes dos dendritos e do corpo celular para outras células, principalmente para outros neurônios e células musculares.

Gliócitos, ou células gliais, são componentes do tecido nervoso cuja função é envolver, proteger e nutrir os neurônios. Essas células dão sustentação física ao sistema nervoso, mantendo os neurônios unidos. Estudos recentes têm mostrado a grande importância dos gliócitos, acredita-se que sem eles os neurônios não conseguiriam estabelecer conexões uns com os outros. Nos primeiros anos de vida, o tamanho do encéfalo humano aumenta devido a multiplicação dos gliócitos, já que o número de neurônios permanece praticamente o mesmo desde o nascimento.

Os prolongamentos de certos tipos de gliócitos, enrolam-se sobre neurofibras que constituem os nervos, formando ao redor delas estratos mielínicos (bainha de mielina), que protegem e auxiliam no funcionamento dos neurônios.

A teoria celular diz que as células são as unidades constituintes de todos os seres vivos. Essa teoria celular é dividida em três ideias: todos os seres vivos são formados por células e por estruturas que elas produzem, sendo assim a unidade morfológica dos seres vivos; as atividades essenciais que caracteriza, a vida ocorrem no interior das células, estas são, portanto, as unidades funcionais ou fisiológicas dos seres vivos; novas células formam-se apenas pela reprodução de células já existentes, por meio da divisão celular.

Um dos organismos que não possuem células são os vírus, ou seja, são acelulares. Por isso, alguns cientistas não os consideram seres vivos. Entretanto, todos concordam que os vírus são estruturas biológicas, pois precisam necessariamente invadir células vivas para se reproduzir. Eles são parasitas intracelulares obrigatórios e, se não encontrarem células vivas dentro das quais possam produzir novos vírus, permanecem inertes, sem realizar nenhuma atividade viral.